Alimentação das Serpentes


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Serpentes são carnívoras, e capazes tanto de se alimentar de vários animais em um mesmo dia e em dias seguidos, como de sobreviver um ano ou mais sem alimento. Mas necessitam de água regularmente para sobreviver.

Dieta

Comem desde animais muito pequenos, como larvas de insetos, formigas e minhocas, até animais muito grandes, como bezerros, capivaras e jacarés, passando por animais de médio porte, com sapos, peixes, aves e roedores. Algumas se alimentam de outras serpentes, mesmo que peçonhentas, e de ovos.
Waglerophis merremii predando um sapo
© Giuseppe Puorto
Tropidodryas serra predando um rato
© Giuseppe Puorto
Philodryas olfersii predando uma ave
© Otávio Marques
Tantilla melanocephala predando uma lacraia
© Otávio Marques
Sordellina punctata predando um peixe
© Marcio Martins
Tomodon dorsatus predando uma lesma
© Giuseppe Puorto
Micrurus frontalis predando uma serpente dormideira
© Giuseppe Puorto
Thamnodynastes sertanejo predando um lagarto
© Abraão Barbosa

Algumas são especialista, alimentando-se apenas de um grupo de animais, como lesmas ou caracóis, ou mesmo de uma única espécie de um grupo. Outras são generalistas.

Dependendo da espécie, a dieta varia ao longo do seu desenvolvimento (variação ontogenética): na fase juvenil as preferências alimentares são diferentes das da fase adulta.
Também pode haver diferenças alimentares entre machos e fêmeas da mesma espécie.

Caça

As serpentes podem engolir a presa viva ou depois de matá-la.

Algumas não peçonhentas (como jibóia, sucuri e muçurana) matam por constricção, enrolando-se ao redor da presa até imobilizá-la, e apertando-a cada vez mais quando ela expira, até matá-la por asfixia ou por interrupção da circulação sanguínea, que provoca parada cardíaca.

Outras capturam a presa e usam os dentes posteriores alongados para injetar nela sua saliva tóxica, que paralisa a presa até a morte.

Algumas peçonhentas, como as jararacas jovens, escondem a cabeça e levantam a cauda para atrair a caça, confundindo a presa, que ao tentar predar a ponta da cauda da serpente, pensando tratar-se de uma larva, torna-se vítima de um bote inesperado, vindo da outra extremidade da serpente.

As jararacas, cascavéis e surucucus adultas costumam caçar por espreita. Ficam imóveis próximas das trilhas usadas pelos animais; quando eles passam dão o bote, soltam-no, aguardam à distância que ele fique fora de combate e depois o ingerem.

A surucucu-do-pantanal usa a cauda para assustar as rãs que estiverem próximas, e quando as rãs fogem ela as localiza e dá início à perseguição.

As corais mordem e não soltam a presa enquanto ela estiver viva (seu veneno logo provoca a paralisia do animal picado). Quando a presa morre elas a engolem.

O veneno ajuda na digestão.

Refeição

Todas as serpentes engolem a presa muito lentamente, geralmente a cabeça antes do restante do corpo. A serpente encosta sua cabeça e língua na pele da presa para identificar a inclinação dos pêlos (sempre orientados para a cauda), e assim localiza a cabeça da presa.
Então ela usa seus dentes como um anzol, fincando-os na presa para puxá-la para dentro de sua garganta. Como as arcadas superior e inferior podem se mover para qualquer lado, independentes uma da outra e do resto do crânio, a serpente prende o animal com os dentes de um lado da boca e avança com o outro lado da boca sobre corpo do animal. Repete esse movimento usando alternadamente os dentes de um lado e de outro, e assim vai envolvendo a presa aos poucos.

Como os ossos da mandíbula são presos ao crânio apenas por músculos e ligamentos, elas são capazes de engolir presas maiores que o tamanho de sua cabeça.

Ingerem a presa inteira, sem mastigar (em alguns casos a presa tem até 3,5 vezes o diâmetro da serpente).

A traquéia das serpentes é ventral e se abre na parte anterior da boca, permitindo que ela respire enquanto se alimenta. A deglutição do alimento é interrompida de tempos em tempos, para que ela possa respirar.

Digestão

A digestão já começa na boca, onde glândulas secretam suco digestivo enquanto a serpente se alimenta. A presa é levada até o estômago (seção ampla do intestino) por movimentos peristálticos, e ali a digestão é completada. O suco digestivo de algumas serpentes é tão ácido que em poucas horas até ossos, chifres e cascos são completamente dissolvidos e absorvidos.

A serpente tem boa digestão com temperatura ambiente de 25 ºC.

A velocidade da digestão aumenta com o aumento da temperatura ambiente, possivelmente devido a um aumento da secreção gástrica.

Em temperaturas extremas o processo digestivo é fortemente afetado, podendo ser muito lento a menos de 5ºC, ou causar regurgitação a mais de 35°C.

O alimento não digerido (geralmente dentes, pêlos, e garras) e a urina são expelidos pelo reto e cloaca, junto com o excesso de ácido úrico.

Fontes:


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