Sentidos das Serpentes
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destinados a Herpetofauna.
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Informações
e
cuidados básicos..
Olfato
O olfato é bem desenvolvido, e é a principal
ferramenta de orientação das serpentes, sendo
importante para a localização de predadores, presas,
e parceiros para a sua reprodução. O formato
bifurcado da língua ajuda a identificar a posição da
presa.
Suas narinas não têm função olfativa, mas auxiliam
na respiração. |
© Ivan Sazima |
A serpente coloca sua língua bífida (que se
divide em duas pontas) e coberta por uma secreção
pegajosa para fora da boca, para capturar partículas
suspensas no ar, e depois a encosta no "céu da
boca", de modo que cada ponta da língua entre em
contato com uma das duas aberturas do órgão de
Jacobson. Esse órgão é revestido com epitélio
sensorial do tipo olfativo, capaz de analisar os
dados e remetê-los ao cérebro, desempenhando função
semelhante ao olfato.
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Sensação Térmica
Podem apresentar ou não mais orifícios na
cabeça, denominados fossetas. São sensores de raios
infra-vermelhos capazes de perceber diferenças
mínimas de temperatura (da ordem de 0,003 graus
centígrados) num raio de 5 metros de distância. As
fossetas auxiliam a serpente a caçar, pois os
animais de sangue quente, ao irradiarem o calor de
seus corpos, emitem raios infra-vermelhos. As
fossetas possuem uma membrana rica em terminações
nervosas ligadas ao cérebro da serpente, de modo que
uma imagem térmica da presa de sangue quente (ave ou
mamífero) se forma no cérebro da serpente,
informando a presença do animal, seu tamanho,
posição, distância, e o sentido e velocidade de seu
deslocamento.
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© Otávio Marques |
Fossetas
Loreais:
Dois pequenos orifícios localizados entre os olhos e
as narinas.
Presentes na família Viperidae. |
© Giuseppe Puorto |
Fossetas
Labiais:
Vários pequenos orifícios localizados entre as
escamas dos lábios, notadamente os superiores.
Presentes nas famílias Boidae e Pitonidae. |
Visão
Algumas serpentes fossoriais, como as
"cobras-cegas", possuem olhos vestigiais, não
funcionais. As que enxergam melhor são as
arborícolas que caçam de dia. Mesmo as serpentes que
têm olhos evidentes enxergam mal (interpretam as
imagens com alguma distorção). Podemos dizer que,
salvo raríssimas exceções, as serpentes são míopes,
pois o cristalino de seus olhos é esférico e rígido,
e só pode se deslocar para frente e para trás, sendo
incapaz de proporcionar o foco correto.
Suas pálpebras são soldadas e transparentes. Uma
escama transparente, queratinizada, se molda como
uma lente de contato, protegendo e evitando o
ressecamento do olho.
Quando a serpente troca de pele esta escama se
desprende, juntamente com toda a muda, e o espaço
entre o cristalino e a pele fica preenchida por um
líquido, tornando o olho opaco, e reduzindo ainda
mais a já precária visão das serpentes.
A pupila é geralmente circular. Nas serpentes de
hábitos noturnos, é elíptica vertical. |
© Paulo Bernarde |
© Otávio Marques
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Tato
O tato não é muito desenvolvido. Grande número
de corpúsculos sensoriais, táteis, térmicos e
vibratórios ficam distribuídos por todo o corpo,
situados na epiderme sob a cobertura de escamas.
Alguns destes corpúsculos podem estar relacionados
com a corte pré-nupcial, sendo usados pelo macho
para estimular a fêmea antes da cópula. |
Audição
A audição é rudimentar, pois serpentes não
possuem tímpano ou ouvido externo. Têm somente
ouvido interno, que contudo é muito sensível para
perceber vibrações. A serpente, constantemente em
contato com o substrato ou enrodilhada sobre seu
próprio corpo, capta vibrações do solo através da
mandíbula, que transmite essas vibrações à caixa
craniana através de um pequeno osso, chamado
COLUMELLA AURIS. A serpente percebe o som, mas não
consegue precisar a direção da fonte sonora. |
Paladar
O paladar das serpentes não é desenvolvido. Esse
sentido é substituído pelo olfato. Elas ingerem as
presas por inteiro, sem saboreá-las. A língua não
tem função gustativa. |
Fontes:
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